Filho do axé também sente as pedras machucando seus pés pelo caminho.
Também chora, se desespera e perde a esperança.
Filho do axé também vira as costas para a sua fé.
Esbraveja, resmunga e diz que desiste.
E feito criança que esquece o que disse no minuto anterior, se coloca em silêncio diante de seu altar, segura firme suas guias nas mãos, firma sua vela, faz sua prece e dobra seus joelhos diante do Sagrado.
Pede força, bate no peito e afirma que não vai desistir.
O filho de pemba então se levanta. Traz seus olhos banhados da água salgada de sua mãe Yemanjá.
Traz seu corpo protegido pela armadura de Ogum.
Traz sua mente no equilíbrio de pai Xangô.
Traz sua alma vestida do branco da fé de pai Oxalá.
Filho de axé balança, mas não cai.
E se cair, sacode a poeira do tempo e se põe em pé novamente.
E é por isso que filho de axé está sempre disposto a ajudar o próximo: ele conhece bem a dor da solidão.
Sejamos filhos de fé.
Ajudemos uns aos outros.
São tempos difíceis e o mundo precisa de amor.
Salve o sagrado!!!
Axé pra quem é de Axé