Com a passagem do Mestre amado para o mundo espiritual, inicia-se a caminhada de "Miriai" (nome de Maria Madalena em aramaico) como líder espiritual em meio a um mundo que rejeitava e hostilizava a mulher neste papel. O patriarcado não só negou o seu lugar como liderança espiritual, como ainda criou mentiras, colocando-a como prostituta.
Em nenhum dos evangelhos existe a afirmação de que ela foi uma prostituta. Ela era sim uma mulher revolucionária, com voz ativa e presença marcante, inteligente, letrada, sábia, sensível. Uma sacerdotisa e curandeira. E além disso, ela não dependia financeiramente de nenhum homem, pelo contrário, os evangelhos dizem que ela "bancava" a missão de Jesus. Uma verdadeira Rainha.
Madalena não se enquadrava nos padrões da sociedade judaica da época, pois viveu e foi educada no Egito, nos templos da Deusa Ísis. Mulheres como ela eram chamadas de prostitutas pelos ortodoxos. As kedeshas, mulheres sábias, eram temidas pelas sociedades patriarcais, e o que se teme se ataca...
Mesmo com a tentativa de apagar a sua importância como companheira, parceira, líder e Cristã, o seu nome é o mais citado entre as mulheres nos evangelhos canônicos. Foi para ela que Jesus primeiro apareceu quando ressuscitou. Quem tem olhos para ver, que veja...
Yeshua e Miriai (nomes originais de Jesus e Maria Madalena em aramaico) nos chamam para rever todas as crenças patriarcais em nosso interior, pois o caminho da Verdade está no equilíbrio entre feminino e masculino. Madalena com sua sensibilidade, amor e poder de cura, mas também com sua voz e presença ativa, veio ser o exemplo e a luz que nós mulheres precisamos.
Salve Madalena!
Nós ouvimos o seu chamado!!!