PRECE DO NATAL
Senhor Jesus!...
Recordando-te a vinda, quando te exaltastes na
manjedoura por luz nas trevas, vimos pedir-te a bênção.
Revela-nos se muitos de nós trazemos saudade e
cansaço, assombro e aflição, quando nos envolves em torrentes de alegria.
Sabes, Senhor, que temos escalado
culminâncias... Possuímos cultura e riqueza, tesouro e palácios, máquinas que
estudam as constelações e engenhos que voam no Espaço! Falamos de ti – de ti
que volveste dos continentes celestes, em socorro dos que choram na poeira do
mundo, no tope dos altos edifícios em que amontoamos reconforto, sem coragem de
estender os braços aos companheiros que recolhias no chão...
Destacamos a excelência de teus ensinos,
agarrados ao supérfluo, esquecidos de que não guardaste uma pedra em que
repousar a cabeça; e, ainda agora, quando te comemoramos o natalício,
louvamos-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as
portas do coração aos que se arrastam na rua!
Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e
tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso,
Mestre, tão-só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos
outros... Desprezamos a sinceridade e caímos na ilusão, estamos ricos de
ciência e pobres de amor. É por isso que, em te lembrando a humildade, nós te
rogamos para que nos perdoes e ames ainda... Se algo te podemos suplicar além
disso, desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dás e
faze-nos mais simples!...
Enquanto o Natal se renova, restaurando-nos a
esperança, derrama o bálsamo de tua bondade sobre as nossas preces, e deixa,
Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre as lágrimas de júbilo que nos
vertem da alma, a sublime canção com que os Céus te glorificam o berço de
palha, ao clarão das estrelas:
- Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa
vontade para com os homens!
Emmanuel (espírito)
Psicografia Chico Xavier Livro:Antologia
Mediúnica do Natal
NATAL
Neste Natal permite que o amor de Jesus te
irrigue o coração e verta em direção daqueles para os quais Ele veio, os nossos
irmãos sofredores da Terra.
Faze mais: deixa-o renascer na tua alma e
agasalha-O, para que Ele siga em ti e contigo, por todos os dias da tua vida.
Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de
Divaldo Franco
NATAL DO CORAÇÃO
Abençoadas sejam as mãos que, em memória de
Jesus, espalham no Natal a prata e o ouro, diminuindo a miséria e a
necessidade, a fome e a nudez!...
Entretanto, se não forem iluminadas pelo amor
que ajuda sempre, esses flagelos voltarão amanhã, como a erva daninha que
espreita a ausência do lavrador.
Não retenhas, assim, a riqueza do coração que
poder dar, tanto quanto o maior potentado da Terra!
Deixa que a manjedoura de tua alma se abra,
feliz, ao Soberano Celeste, para que a luz te banhe a vida.
Com Ele, estenderás o coração onde estiveres,
seja para trocar um pensamento compassivo com a palavra escura e áspera ou para
adubar uma semente de esperança, onde a aflição mantém o deserto! Com Ele,
inflamarão de júbilo os olhos de algum menino triste e desamparado e uma
simples criança, arrebatada hoje ao vendaval, pode amanhã ser o consolo da
multidão... Com Ele, podes oferecer a bênção da tolerância aos que trabalham
contigo, transformando o altar de teu coração em altar de Deus!...
Que tesouro terrestre pagará o gesto de
compreensão no caminho empedrado, o sorriso luminoso da bondade no espinheiro
da sombra e a oração do carinho e do entendimento no instante da morte?
Natal no espírito é a comunhão com Ele próprio.
Ainda que te encontres em plena solidão na
manjedoura do infortúnio, sai de ti mesmo e reparte com alguém o dom inefável
de tua fé.
Lembra-te de que Ele, em brilhando na
manjedoura, tinha consigo apenas o amor a desfazer-se em humildade, e, em
agonizando na cruz, possuía apenas o coração, a desfazer-se em renúncia...
Mas, usando tão somente o coração e o amor, sem
uma pedra onde repousar a cabeça, converteu-se no Salvador do Mundo, e, embora
coroado de espinhos, fez-se o Rei das Nações para sempre.
Meimei (espírito)
LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL -
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
O NATAL DE JESUS
SÚPLICA DE NATAL
Casemiro Cunha
Na noite santificada,
Em maravilhas de luz,
Sobem preces, cantam vozes
Lembrando-Te, meu Jesus!
Entre as doces alegrias
De Teu Natal, meu Senhor,
Volve ao mundo escuro e triste
Os olhos cheios de amor.
Repara conosco a Terra,
Angustiada e ferida,
E perdoa, Mestre Amado,
Os erros de nossa vida.
Onde puseste a alegria
Da paz, da misericórdia,
Desabam tormentas rudes
De iniqüidade e discórdia.
No lugar, onde plantaste
As árvores da união,
Vivem monstros implacáveis
De dor e separação.
Ao longo de Teus caminhos
Sublimes e abençoados,
Surgem trevas pavorosas
De abismos escancarados.
Ao invés de Teus ensinos
De caridade e perdão,
Predominam sobre os homens
A sombra, o crime, a opressão.
Perdoa, Mestre, aos que vivem
Erguendo-Te a nova cruz!
Dá-nos, ainda, a bonança
De Tua divina luz.
Desculpa mundo infeliz
Distante das leis do bem,
Releva as destruições
Da humana Jerusalém...
Se a inteligência dos homens
Claudicou a recaiu,
A Tua paz não mudou
E ao Teu amor não dormiu.
Por isso, ó Pastor Divino,
Nos júbilos do Natal,
Saudamos a Tua estrela
De vida excelsa e imortal.
Que o mundo Te guarde a lei
Pela fé que nos conduz
Das sombras de nossa vida
Ao reino de Tua luz!...
LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL
Psicografia: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos
O NATAL
Quando da Sua chegada à Terra, não houve
mobilização humana, nem estardalhaço, ou qualquer movimento de massas para
informar à Humanidade que o Rei Solar descera à sombra do mundo.
Anunciado secularmente como o Messias, fez-se
preceder por preparadores dos caminhos e trabalhadores da abnegação, a fim de
que o Seu se fizesse o ministério da ternura, da compaixão, do amor.
No silêncio de uma noite fria Ele chegou
acolitado por seres angélicos invisíveis e sob a luz fulgurante de alguns
astros em conjunção de órbitas, a fim de que a sombra fosse menos densa no
mundo, que Ele renovaria moralmente, quando acendeu a claridade inapagável da
Verdade.
....E a partir daquele dia memorável a
Humanidade nunca mais seria a mesma..
Ele revolucionou os paradigmas existentes na
sociedade, implantando novos códigos de justiça, de ética, de moral, de valores
para a vida, centrados no dever e na solidariedade, na alegria de viver e na
justiça com igualdade para todos.
A partir da sinfonia do sermão da montanha
apresentou às criaturas de todos os tempos uma nova maneira de compreender o
Pai e de comportar-se em relação ao seu próximo.
Demonstrou que fracos e infelizes são os que
dominam os outros sem valor para dominar-se a si mesmos; que poderosos são
aqueles que vencem as más inclinações e se libertam das paixões inferiores; que
ricos são os que se caracterizam pela pobreza de inferioridade moral e de
tendências para o mal: que triunfadores são os que amam e perdoam aos demais,
renovando-se sempre no bem, tornando-se todos, desse modo, bem-aventurados...
Nunca mais ninguém falaria como Ele se expressou
ou faria o que Ele fez, reverdecendo as terras áridas por onde passou e
semeando esperança em todo lugar.
Jesus é inigualável! E o seu Natal é a epopéia
da Luz que se encarcerou por momentos, a fim de que prosseguisse brilhando para
sempre.
É certo que estes também são dias muito
semelhantes àqueles em que Ele viveu.
Há predominância das forças do mal, da anarquia,
do desequilíbrio e as vidas são amesquinhadas pelo utilitarismo extravagante e
perturbador.
No entanto, em razão da Sua mensagem,
multiplicam-se em toda parte os Seus obreiros atentos para que se cumpram as
Suas promessas e os indivíduos descubram as trilhas que Ele percorreu,
seguindo-O empós e felicitando-se plenamente...
Esta é a tua oportunidade de encontrá-lO, caso
ainda não tenhas estado com Ele.
Busca-O quanto antes, a fim de que não seja
tarde demais...
E se O conheces, certamente O amas.
Utiliza-te, então, do Seu Natal para demonstrar
que a Sua lição de ternura domina o teu coração, distribuindo-a com todos
aqueles que te espiam ou que, longe de ti, aguardam por uma migalha de bondade
que lhe podes e deves ofertar.
O Natal de Jesus é uma festa que se faz
celebrada pelo Céu e a Terra, homenageando o Rei Solar que te aguarda no topo
da subida, montanha acima, que deves empreender desde agora, superando-te e
renovando-te.
Porfia no desiderato de estar com Ele e não
desistas nunca, mesmo que descubras conspirações contra os teus ideais e
esforços, incompreensões e dificuldades em relação aos objetivos a que te
dedicas...
Quem O ama nunca teme, jamais se detém.
É Natal!
Ama, ajuda, perdoa e sê feliz com Jesus.
Joanna de Ângelis (espírito)
(Página psicografada pelo médium Divaldo P.
Franco, na reunião da noite de 5 de setembro de 2003, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)
JESUS
Com o nascimento de Jesus, há como que uma comunhão
direta do Céu com a Terra. Estranhas e admiráveis revelações perfumam as almas
e o Enviado oferece aos seres humanos toda a grandeza do seu amor, da sua
sabedoria e da sua misericórdia.
Aos corações abre-se nova torrente de esperanças
e a Humanidade, na Manjedoura, no Tabor e no Calvário, sente as manifestações
da vida celeste, sublime em sua gloriosa espiritualidade.
Com o tesouro dos seus exemplos e das suas
palavras, deixa o Mestre entre os homens a sua Boa-Nova. O Evangelho do Cristo
é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o espírito,
norteando-lhe a vida e as aspirações.
Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a
personificação de sua bondade infinita.
Emmanuel (espírito) / psicografia de Francisco
Cândido Xavier
Livro: Antologia Mediúcia de Natal
CONVITE DE NATAL
Enquanto a glória do natal se expande
Aqui, ali, além
Toda a Terra se veste de esperança
Para a festa do bem !
Natal ! ... Refaz-se a vida, alguém ressurge
Nos clarões com que o céu te anuncia ....
É Jesus pedir-te que repartas do teu pão de
Alegria.
Para louvar-lhe os dons da presença Divina,
Não digas, alma irmã, que nada tens;
A riqueza do amor, no coração fraterno,
É o maior de teus bens...
Quando o dia se esvai e a noite desce
Ao comando da sombra que a domina,
Para varrer a escuridão da estrada
Basta a luz de uma vela pequenina.
O deserto se esfalfa em longa sede,
Na solidão em que se configura ...
Se chega simples fonte,
Ei-lo mudado em flórida espessura! ....
Ninguém sabe tão bem, senão aquele
Que a penúria desgasta ou desconforta,
O valor de uma veste contra o frio,
O Tesouro de um prato dado à porta.
A migalha de força é a base do universo,
Desde a furna terrestre à estrela mais remota
!...
Todo livro se escreve, letra a letra,
Compõe-se a melodia, nota a nota
Alma irmã, no serviço da bondade
Jamais te afirmes desfavorecida
Pobres sementes formam ricas messes !
Assim também na vida . . .
O cobertor, o pão, a prece, o abraço,
Uma frase de paz e compreensão
Podem criar prodígios de trabalho
De reconforto e de ressurreição
Natal ! ... dá de ti mesmo o quanto possuas,
No amparo à retaguarda padecente;
Toda bênção de auxílio é socorro celeste,
Que Deus amplia indefinidamente.
Natal ! recorda o Mestre da Bondade !
Ele, o cristo e Senhor
Acendeu sobre a Terra o sol do Novo Reino
Com migalhas de amor!
Maria Dolores (espírito) / psicografia de
Francisco Cândido Xavier
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