Deus, nosso Pai, CAMINHE pela minha casa e leve embora todas as minhas preocupações e doenças, e POR FAVOR, vigia e cura a minha família em nome de Jesus ... AMÉM

domingo, 31 de março de 2013

Jesus e a exaltação à Vida


Jesus e a exaltação à Vida
Paiva Netto



A mensagem da Semana Santa não é a da ruína, mas de vitória. Vitória sobre a morte!

Em O Drama Milenar do Cristo e do Anti-Cristo, escreveu Huberto Rohden (1893-1981): “(...) o Cristo sempre ressuscita, mesmo de túmulos fechados, sigilados e guardados por Seus inimigos. É proibido ressuscitar — mas Ele sempre ressuscita... Os Seus verdadeiros amigos O encontram sempre glorioso, por toda a parte, em todos os tempos”.
Realmente, contra todas as perspectivas, vencendo dramas, lutas e guerras, o Celeste Taumaturgo a todo momento ressurge nos corações de Boa Vontade. É o triunfo do Amor, que se manifesta das mais surpreendentes formas, dando continuidade à existência. Porque a Paixão de Jesus não canta a morte, mas exalta a vida, Vida Eterna.
Aí está. Onde há vida, diz o povo, há Esperança.

LEVANTA E ANDA, HUMANIDADE!
No Evangelho do Cristo, Mateus relata, nos versículos de 1 a 8 do capítulo 9o que “entrando Jesus num barco, passou para a outra banda do lago e foi para a Sua própria cidade.
“E eis que Lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados.
“Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema.
“Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, perguntou: Por que cogitais o mal nos vossos corações?
“Pois o que é mais fácil dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou: Levanta-te e anda?
“Ora, para que saibais que o Filho de Deus tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados — determinou ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.
“E, levantando-se, partiu para sua casa.
“Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens”.
Que cada criatura tenha a fé daqueles que carregaram até Jesus o paralítico, a ponto de comover o Divino Mestre, que então lhe ordenou: “— Surge et ambula!”.  — “Levanta e anda”, Humanidade!
Curioso este mundo!... Multidões consideram-se cristãs. Mas quando se fala a respeito do Evangelho, há quem exclame surpreso: “Hein?!”. A impressão que passa é que muitos jamais sequer abriram o Novo Testamento.
Eis o caso da Semana Santa: como gerações e gerações não se debruçaram do modo que deveriam sobre o Livro Sagrado, quando os povos alcançam períodos de transição semelhantes a este que vivemos, percebe-se em parte da mídia menor cuidado ao fato que marca a afirmação do Cristianismo desde os seus primeiros passos: a Ressurreição de Cristo Jesus!
Ademais, muita gente acostumou-se a guardar da Semana Santa a imagem da Crucificação (morte) de Jesus, embora o seu grande recado se encontre estampado na Ressurreição, que é Vida, e Vida perene.
O Evangelho não é um livro ocioso. Sua mensagem permeia Céu e Terra. É urgente que a divina pregação de Jesus realize, mesmo nos territórios em que ela fincou raízes, sua extraordinária missão: civilizar a civilização humana com a vivência do Novo Mandamento do Cristo: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Boa Nova segundo João, 13:34 e 35). É obra da paciência.
Já dizia o filósofo que a mais difícil fronteira a ser suplantada é a do cérebro humano, inclusive nas nações cristãs. Mas o ânimo e a vontade de avançar vêm do próprio Cristo, que atestou: “Eu venci o mundo!” (Evangelho consoante João, 16:33).

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

A PÁSCOA


A PÁSCOA



Reunidos os discípulos em companhia de Jesus. o Messias afirmou:
– Não vos perturbeis com as minhas afirmativas, porque, em verdade, um de vós outros me há de trair!....As mãos, que eu acariciei, voltam-se agora contra mim. Todavia, minhalma está pronta para a execução dos desígnios de meu Pai.
A pequena assembléia fez-se lívida. Com exceção de Judas, que entabulara negociações particulares com os doutores do Templo, faltando apenas o ato do beijo, afim de consumar-se a sua defecção, ninguém poderia contar com as palavras amargas do Messias. Penosa sensação de mal-estar se estabelecera entre todos. O filho de Iscariotes fazia o possível por dissimular as suas angustiosas impressões, guardado os companheiros se dirigiam ao Cristo com perguntas angustiadas. – Quem serão o traidor? – Disse Felipe, com estranho fulgor nos olhos.
– Serei eu? – Exclamou André, ingenuamente.
– Mas, afinal – objetou Tiago, filho de Alfeu, em voz alta – onde está Deus que não conjura semelhante perigo?
Jesus, que se mantivera em silêncio ante as primeiras interrogações, ergueu o olhar para o filho de Cléofas e advertiu:



– Tiago, faze calar a voz de tua pouca confiança na sabedoria que nos rege os destinos. Uma das maiores virtudes do discípulo do Evangelho é a de estar sempre pronto ao chamado da Providência Divina. Não importa onde e como seja o testemunho de nossa fé. O essencial é revelarmos a nossa união com Deus, em tôdas as circunstâncias, É indispensável não esquecer a nossa condição de servos de Deus, para bem lhe atendermos ao chamado, nas horas de tranqüilidade ou de sofrimento.



Mais tarde Jesus se retirou em companhia de Simão Pedro e dos dois filhos de Zebedeu para o Monte das Oliveiras, onde costumava meditar. Os demais companheiros se dispersaram, impressionados, enquanto Judas, afastando-se com passos vacilantes, não conseguia aplacar a tempestade de sentimentos que lhe devastava o coração.
O Crepúsculo Começava a cair sobre o céu claro. Apesar do sol radioso da tarde a iluminar a paisagem soprava o vento em rajadas muito frias.
Dai a alguns instantes, O Mestre e os três companheiros alcançavam o monte, povoado de árvores frondosas, que convidavam ao pensamento contemplativo.
Acomodando os discípulos em bancos naturais que as ervas do caminho se incumbiam de adornar, falou-lhes o Mestre, em tom sereno e resoluto:
– Esta é a minha derradeira hora convosco! Orai e vigiai comigo, para que eu tenha a glorificação de Deus no supremo testemunho!
Assim dizendo, afastou-se à pequena distância onde permaneceu em prece, cuja sublimidade os apóstolos não podiam observar. Pedro, João e Tiago estavam profundamente tocados pelo que viam e ouviam. Nunca o Mestre lhes parecera tão solene, tão convicto, como naquele instante de penosas recomendações. Rompendo o silêncio que se fizera, João ponderou :
Oremos e vigiemos, de acordo com a recomendação do Mestre, pois, se ele aqui nos trouxe, apenas nós três, em sua companhia, isso deve significar para o nosso espírito a grandeza da sua confiança em nosso auxílio.
Puseram-se a meditar silenciosamente. Entretanto, sem que lograssem explicar o motivo, adormeceram no recurso da oração.



Passados alguns minutos, acordavam, ouvindo o Mestre que lhe observava:



– Despertai! Não vos recomendei que vigiásseis? Não podereis velar comigo, um minuto?
João e os companheiros esfregaram os olhos, reconhecendo a própria falta. Então, Jesus, cujo olhar parecia iluminado por estranho fulgor, lhes contou que fora visitado, por um anjo de Deus que o confortara para o martírio supremo. Mais uma vez lhes pediu que orassem com o coração e novamente se afastou. Contudo, os discípulos, insensivelmente, cedendo aos imperativos do corpo e olvidando as necessidades do espírito, de novo adormeceram era meio da meditação. 



Despertaram com o Mestre a lhes repetir :
– Não conseguistes, então, orar comigo?



Os três discípulos acordaram estremunhados. A paisagem desolada de Jerusalém mergulhava na sombra.
Antes, porém, que pudessem justificar de novo a sua falta, um grupo de soldados e populares aproximou-se, vindo Judas à frente.
O filho de Iscariotes avançou e depôs na fronte do Mestre o beijo combinado, ao passo que Jesus, sem denotar nenhuma fraqueza e deixando a lição de sua coragem e de seu afeto aos companheiros, perguntou :
– Amigo, a que vieste?
Sua interrogação, todavia, não recebeu qualquer resposta. Os mensageiros dos sacerdotes prenderam-no e lhe manietara as mãos, como se o fizessem a um salteador vulgar.



Depois das cenas descritas com fidelidade nos Evangelhos, observamos as disposições psicológicas dos discípulos, no momento doloroso. Pedro e João foram os últimos a se separarem do Mestre bem-amado, depois de tentarem fracos esforços pela sua libertação.
No dia seguinte, os movimentos criminosos da turba arrefeceram o entusiasmo e o devotamento dos companheiros mais enérgicos e decididos na fé. As penas impostas a Jesus eram excessivamente severas para que fossem tentados a segui-lo. Da Corte Provincial ao palácio de Antipas, viu-se o condenado exposto ao insulto e à zombaria. Com exceção do filho de Zebedeu, que se conservou ao lado de Maria, até ao instante derradeiro, todos os que integravam O reduzido colégio do Senhor debandaram. Receosos da perseguição, alguns se ocultaram nos sítios próximos, enquanto outros, trocando as túnicas habituais, seguiam, de longe, o inesquecível cortejo, vacilando entre a dedicação e o temor.
O Messias, no entanto, coroando a sua obra com o sacrifício máximo, tomou a cruz sem uma queixa, deixando-se imolar, sem qualquer reprovação aos que o haviam abandonado, na hora última. 
E o Mestre desencarnou...



Dois dias eram passados sobre o doloroso drama do Calvário, em cuja cruz de inominável martírio se sacrificara o Mestre, pelo bem de todos os homens. Penosa situação de dúvida reinava dentro da pequena comunidade dos discípulos. Quase todos haviam vacilado na hora extrema. 



O Messias redivivo, porém, observava a incompreensão de seus discípulos, como o pastor que contempla o seu rebanho desarvorado. Desejava fazer ouvida a sua palavra divina, dentro dos corações atormentados; mas, só a fé ardente e o ardente amor conseguem vencer os abismos de sombra entre a Terra e o Céu. E todos os companheiros se deixavam abater pelas idéias negativas.



Foi então, quando, na manhã do terceiro dia, a ex-pecadora de Magdala se acercou do sepulcro com perfumes e flores. Queria, ainda uma vez, aromatizar aquelas mãos inertes e frias; queria, uma vez mais, contemplar o Mestre adorado, para cobri-lo com o pranto do seu amor purificado e ardoroso. No seu coração estava aquela fé radiosa e pura que o Senhor lhe ensinara e, sobretudo, aquela dedicação divina, com que pudera renunciar a todas as paixões que a seduziam no mundo. Maria Madalena ia ao túmulo com amor e só o amor pode realizar os cometimentos supremos.



Estupefata, por não encontrar o corpo, já se retirava entristecida, para dar ciência do que verificara aos companheiros, quando uma voz carinhosa e meiga exclamou brandamente aos seus ouvidos:



— Maria!...



Ela se supôs admoestada pelo jardineiro; mas, em breves instantes reconhecia a voz inesquecível do Mestre e lhe contemplava o inolvidável sorriso. Quis atirar-se-lhe aos pés, beijar-lhe as mãos num suave transporte de afetos, como faziam nas pregações do Tiberíades; porém, com um gesto de soberana ternura, Jesus a afastou, esclarecendo:



— Não me toques, pois ainda não fui a meu Pai que está nos céus!...



Instintivamente, Madalena se ajoelhou e recebeu o olhar do Mestre, num transbordamento de lágrimas de inexcedível ventura. Era a promessa de Jesus que se cumpria. A realidade da ressurreição era a essência divina, que daria eternidade ao Cristianismo.



A mensagem da alegria ressoou, então, na comunidade inteira. Jesus vivia! O Evangelho era a verdade imutável. Em todos os corações pairava uma divina embriaguez de luz e júbilos celestiais. Levantava-se a fé, renovava-se o amor, morrera a dúvida e reerguera-se o ânimo em todos os espíritos. Na amplitude da vibração amorosa, outros olhos puderam vê-lo e outros ouvidos lhe escutaram a voz dulçorosa e persuasiva, como nos dias gloriosos de Jerusalém ou de Cafarnaum.



A luz da ressurreição, através da fé ardente e do ardente amor de Maria Madalena, havia banhado de claridade imensa a estrada cristã, para todos os séculos terrestres.



Porém, algum tempo passou, sem que o filho de Zebedeu conseguisse esquecer a falta de vigilância da véspera do martírio.
Certa noite, após as reflexões costumeiras, sentiu ele que um sono brando lhe anestesiava os centros vitais. Como numa atmosfera de sonho, verificou que o Mestre se aproximava. Toda a sua figura se destacava na sombra,, com divino resplendor. Precedendo suas palavras o sereno sorriso dos tempos idos, disse-lhe Jesus :
– João, a minha soledade no horto é também um ensinamento do Evangelho e uma exemplificação! Ela significará, para quantos vierem em nossos passos, que cada espírito na Terra tem de ascender sozinho ao calvário de sua redenção, muitas vezes com a despreocupação dos entes mais amados do mundo. Em face dessa lição, o discípulo do futuro compreenderá que a sua marcha tem que ser solitária, estando, em muitos casos, seus familiares e companheiros de confiança a dormir o sono da indiferença!
Doravante, pois, aprendendo a necessidade do valor individual no testemunho, nunca deixes de orar e vigiar!...

Humberto de campos (espírito),
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Boa Nova

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O Espiritismo
www.oespiritismo.com.br



Você lembrou Dele?


Vivemos um período santificado, mas que as novas gerações não mais cultuam esse momento.
Lembro dos meus pais falando que antigamente as emissoras de rádio só tocavam músicas calmas.
Alguns até faziam jejum na sexta feira.
Mas as coisas foram mudando, e ao chegar aos dias de hoje, vemos as crianças eufóricas com esse feriado que para eles (e para os servidores públicos - ????? -) começa na quinta feira, esperando o momento de receber os "ovos de páscoa" do coelhinho.

Mas onde Jesus entra nessa história?
Será que valeu a pena todo o sacrifício Dele por nós?
Quando vemos pastores mentindo, padres pedófilos, politícos ladrões, pessoas querendo passar a perna no "seu irmão", filho matando pai e mãe, drogas, prostituição, ladroagem, perguntamos: será que realmente valeu a pena o sacrifício Dele?
A Páscoa virou mais uma data comercial, onde quem leva os louros é o tal do coelhinho.

Mas o ser humano num momento de respeito deixa de comer carne na sexta feira, como se isso fosse resolver o problema da humanidade.
O problema não é o que botamos de fora para dentro da boca. O problema é o que botamos da voca para fora, vociferando mágoas, raiva, insultos, mentiras!!!
Mas um dia ainda veremos um feliz páscoa com o figura do Mestre, ao invés da figura do Coelhinho.
FELIZ PÁSCOA JESUS, E PERDOAI-NOS, NÓS NÃO SABEMOS O QUE ESTAMOS FAZENDO!





sábado, 30 de março de 2013

Espírito, cérebro e comando


Espírito, cérebro e comando
Paiva Netto

Retorno hoje a um assunto que merece atenção. Aproveitei o período de carnaval para refletir sobre ele.
Aos poucos, a criatura humana vai aumentando a consciência de que a continuidade da vida após a “morte” não é um conceito que diz respeito apenas aos que professam alguma crença religiosa ou filosófica, mas é objeto de estudo sério para todos. A compreensão correta de que somos, acima de tudo, Espírito intensifica a força de vontade no enfrentamento de tudo o que não seja recomendável à nossa existência, coletiva ou individual.
Para ilustrar convenientemente esse poder de que dispomos, observem este ensinamento do dr. André Luiz, na obra “Evolução em dois mundos”, por intermédio dos conhecidos médiuns Chico Xavier (1910-2002) e Waldo Vieira: “O Espírito encontra no cérebro o gabinete de comando das energias que o servem, como aparelho de expressão dos seus sentimentos e pensamen­tos, com os quais, no regime de responsabilidade e de autoes­colha, plasmará, no espaço e no tempo, o seu próprio caminho de ascensão para Deus”.

A MENTE DO ESPÍRITO
Na publicação “Ciência e Fé na trilha do equilíbrio” (2000), que escrevi para o I Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, exponho que a inteligência situa-se além da estrutura física, como se houvesse um cérebro psíquico fora dosomático. Por conseguinte, conclui-se que a essência espiritual não é uma projeção da mente humana e que o homem não é um corpo que tem um Espírito. Contudo, um Espírito eterno que possui um corpo passageiro.
— “Ah!, mas a Ciência ainda não comprovou nada”... Porém, como asseverou o astrofísico norte-americano ateu Carl Sagan (1934-1996): “A ausência da evidência não significa evidência da ausência”.
Em “É Urgente Reeducar!”, comentei que não nos podemos ancorar apenas em nossos limitadíssimos cinco sentidos físicos. Eles não são bastantes para nos fazer devidamente avançados, pois a Cultura tem origem verdadeira no Mundo Espiritual. Quando soubermos estabelecer a perfeita sintonia Terra/Céu para merecer a ligação permanente Céu/Terra, receberemos de lá conhecimento crescente. Antes de tudo, somos Espírito.

MICHEL TEMER
Na capital paulista, em 31 de janeiro, ocorreu movimentada sessão de autógrafos para o lançamento de “Anônima Intimidade”, primeiro título de poemas do vice-presidente da República, dr. Michel Temer. Segundo ele mesmo conta, seus versos foram escritos em guardanapos de papel, durante viagens entre Brasília/DF e São Paulo/SP.
Com prazer, tenho em mãos um exemplar com estas palavras: “Ao líder José de Paiva Netto, com a amizade do Michel Temer”.

IRINEU MARINHO
Igualmente recebi o livro “Irineu Marinho — Imprensa e cidade”, da historiadora e socióloga Maria Alice Rezende de Carvalho. Resultado de dois anos de pesquisas, a obra, conforme sua sinopse, “não se trata de uma biografia, mas, sim, de uma vigorosa análise do cidadão que, ao longo de seus 49 anos de vida, expressou sua paixão por comunicação e pelo entretenimento de maneira geral”. Irineu Marinho, empreendedor pioneiro, fundou os jornais “A Noite” e “O Globo”.
Grato à autora pela dedicatória que me endereçou: “Ao Paiva Netto, com o abraço da Maria Alice”.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br  www.boavontade.com

sexta-feira, 29 de março de 2013

O JÚBILO DA VIDA - Paiva Netto


O júbilo da vida
Paiva Netto

Quando finalmente nos integramos na Fraternidade, encontramos Deus. Não me refiro ao antropomórfico, criado à imagem e semelhança do ser humano falível. E aí não mais nos confrange a ansiedade de negar ou provar a Sua existência. Simplesmente, Ele é haurido por nosso Espírito, à maneira do ar, o qual ainda nos permite viver e sobreviver dignamente. O júbilo da vida é o que lha ofertamos.
É aquele fato: há pessoas que matam ou se destroem em dias gloriosos de sol. Os pássaros cantando, as flores se abrindo, tanta beleza em volta e a criatura não percebe. E está tudo ali, convidando-a à prática do bem e ao viver feliz.
Adverte Jesus no Seu Evangelho segundo Mateus, 6:23: “Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti existe sejam trevas, que grandes trevas serão!”. Eis que tudo lhe parecerá tenebroso se mantiver a alma sombria. O Pai Celestial oferece-lhe todas as riquezas da vida Dele; e você persiste em reclamar, sem ao menos propor novos caminhos éticos? Quanto maior a lamentação, menos se é produtivo. Observaram que os que se queixam muito geralmente nada ou pouco realizam? Não falo de reivindicação justa. Esta deve ser feita.
Repito, o júbilo da vida é aquele que lha damos. Logo, se ela for altamente desafiadora, não quererá dizer que não venha a se tornar rica em realizações e felicidade. Tem de ser vivida em magnitude, pois há sempre ocasião de se vivenciar o bem.
E quando sentimos Deus, que é Amor elevado à enésima potência, a vida alcança o ritmo e a extensão da Eternidade. Quer dizer, espaço-tempo, integração no Dia do Senhor, conforme lemos no Apocalipse, 1:10.

RESPEITAR A PRÓPRIA EXISTÊNCIA
Precisamos saber mensurar a intensidade da vida pelo que a pessoa sabe espiritualmente usufruir. Por isso, o suicídio é um dos piores crimes que o indivíduo pode perpetrar contra si mesmo. Daí a necessidade de respeitá-la. Reflexão de minha autoria, em Como Vencer o Sofrimento: Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a existência humana, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos. Substancial é que humildemente entendamos os seus recados e os apliquemos com boa vontade e eficácia que Ele espera de nós. A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode adestrar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, ainda que em plena conflagração dos destemperos humanos.

COMO É BOM SEMEAR O BEM
Na década de 1980, falando pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, li a seguinte página do livro “Lendas e Fatos”, do pastor presbiteriano Miguel Rizzo Jr.:
Thorvaldsen, célebre escultor dinamarquês, residiu na Itália algum tempo. Quando, em 1838, voltou à sua pátria, a convite do próprio rei, levava consigo um grupo de estátuas que haviam de torná-lo imortal.
Um criado, ao abrir os caixotes em que elas se achavam, espalhou em um pátio a palha com que tinham sido encaixotadas. No verão seguinte começaram a aparecer em Copenhague algumas flores que só existiam nos jardins de Roma. Germinaram elas de sementes que se haviam ocultado no empalhamento com que se fez a embalagem das referidas estátuas.
O famoso escultor embelezou, assim, sua terra, não só com as finas obras de escultura que genialmente cinzelara, como também com um novo elemento que, acidentalmente, o acompanhara na viagem.
Quase sempre são duplos os efeitos da verdadeira consagração: alguns deles podem ser previstos por quem se dedique consagradamente a qualquer obra boa; outros reflorescem à margem desses resultados primordiais.
O que admiramos nas obras dos grandes homens não é só o que elas objetivamente representam, mas também o exemplo e os estímulos que apresentam para o aperfeiçoamento das gerações que se sucedem no cenário da História”.
O texto, em si, guarda importante recado. Agora, transportemo-lo para o cotidiano. Veremos então como é bom semear o Bem! Os resultados sempre florescem.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

VOCÊ SE INTERESSA PELOS OUTROS?


Você se interessa pelos outros?
Quando o Duque de Windsor era Príncipe de Gales, teve que dar uma volta pela América do Sul.Antes de partir para tal viagem, passou meses estudando espanhol, com o objetivo de poder fazer discursos em público, no idioma dos países que visitava.
Obviamente, os sul-americanos gostaram mais dele por isso.
* * *

Um antigo ator da Broadway, certa vez foi entrevistado por um estudioso, que pesquisava a origem do carisma das pessoas.
Perguntando ao artista qual poderia ser a possível razão de ser tão querido pelo público, esse lhe respondeu:
Cada vez que entro em cena, ainda digo a mim mesmo:
Estou muito grato porque esta gente veio me ver. A sua presença faz com que minha vida corra de um modo agradável.
E, com certa emoção nas palavras, terminou afirmando:
Vou dar-lhes, pois, o melhor que me for possível.
* * *
Conta-se também que, certa feita, Theodore Roosevelt foi à Casa Branca, quando já não era mais o Presidente dos Estados Unidos.
Sua sincera estima pelas pessoas humildes ficou patente, quando saudou todos os antigos empregados da Casa Branca pelos seus nomes, mesmo as serventes que lavavam louça na cozinha.
Quando viu Alice, a empregada da cozinha, perguntou-lhe se ainda fazia pão de milho.
Alice respondeu que algumas vezes o fazia para os empregados, mas não para os patrões.
Eles demonstram mau gosto, gracejou Roosevelt, e direi tal coisa ao Presidente quando o vir.
Alice então lhe trouxe um pedaço, num prato, e ele atravessou o gabinete comendo-o, saudando os jardineiros e trabalhadores na sua passagem...
Um homem que havia sido porteiro da Casa Branca, durante quarenta anos, disse com lágrimas nos olhos:
Foi o único dia feliz que tivemos, durante quase dois anos, e nenhum de nós o trocará por uma nota de cem dólares.
* * *
Realmente, o interesse pela vida dos outros faz mágicas, e sua falta causa desastres.
Alfred Adler, famoso psicólogo vienense, certa vez escreveu em uma de suas obras:
É o indivíduo que não está interessado no seu semelhante quem tem as maiores dificuldades na vida e causa os maiores males aos outros.
É entre tais indivíduos que se verificam todos os fracassos humanos.
A reflexão é valiosa e séria. Não há adversário mais competente que este, para se combater o orgulho e o egoísmo.
O interesse sincero pelo próximo nos mostra que não somos melhores que os outros, que somos irmãos.
O interesse sincero pelo próximo nos faz dividir nossa atenção, nosso tempo, nossa vida e tudo mais com esses que nos cercam.
* * *
A alma que mais se interessou pela vida de seu semelhante, quando esteve na Terra, sempre deixou muito claro que a Lei Maior que deveria reger nossa vida em sociedade seria:
Fazer aos homens tudo o que queiramos que eles nos façam, pois é nisso que consistem a Lei e os profetas.
O interesse pela vida do outro é o germe do amor maior que todos buscamos.
O interesse pela vida do semelhante é o caminho mais seguro e prazeroso para a almejada felicidade.

NO ESFORÇO COMUM

NO ESFORÇO COMUM

"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" - Paulo.
(II Coríntios, 5:6).

Não nos esqueçamos de que nossos pensamentos, palavras, atitudes
e ações constituem moldes mentais para os que nos acompanham.
Cada dia, por nossa vez, sofremos a influência alheia na construção
do próprio destino.
E, como recebemos conforme atraímos, e colhemos segundo
plantamos é imprescindível saibamos fornecer o melhor de nós, a fim
de que os outros nos proporcionem o melhor de si mesmos.
Todos os teus pensamentos atuam nas mentes que te rodeiam.
Todas as tuas palavras gerarão impulsos nos que te ouvem.
Todas as tuas frases escritas gerarão imagens nos que te lêem.
Todos os teus atos são modelos vivos, influenciando os que te cercam.
Por mais que te procures isolar, serás sempre uma peça viva na
máquina da existência.
As rodas que pousam no chão garantem o conforto e a segurança do carro.
Somos uma equipe de trabalhadores, agindo em perfeita interdependência.
Da qualidade do nosso esforço nasce o êxito ou surge
o fracasso do conjunto.
Nossa vida, em qualquer setor de luta, é uma grande oficina de moldagem.
Escravizar-nos-emos ao cativeiro da sombra ou libertar-nos-emos
para a glória da luz, de conformidade com os moldes vivos que as
nossas diretrizes e ações estabelecem.
Lembremo-nos da retidão e da nobreza nos mais obscuros gestos.
Recordemos a lição do Evangelho.
"Um pouco de fermento leveda a massa toda."
Façamos do próprio caminho abençoado manancial de trabalho e
fraternidade, auxilio e esperança, a fim de que o nosso Hoje
Laborioso se converta para nós em Divino Amanhã.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva

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SIGAMO-LO

“Aquele que me segue não andará em trevas.” - Jesus. (João, 8:12).

Há quem admire a glória do Cristo. Mas a admiração pura e simples
pode transformar-se em êxtase inoperante.
Há quem creia nas promessas do Senhor. Todavia, a crença só por si
pode gerar o fanatismo e a discórdia.
Há quem defenda a revelação de Jesus. Entretanto, a defesa
considerada isoladamente pode gerar o sectarismo e a cegueira.
Há quem confie no Divino Mestre. Contudo, a confiança estagnada
pode ser uma força inerte.
Há quem espere pelo Eterno Benfeitor. No entanto, a expectativa sem
trabalho pode ser ansiedade inútil.
Há quem louve o Salvador. Louvor exclusivo, porém, pode coagular a
adoração improdutiva.
A palavra do Enviado Celeste, entretanto, é clara e incisiva: - "Aquele
que me segue não andará em trevas."
Se te afeiçoaste ao Evangelho não te situes por fora do serviço cristão.
Procuremos o Senhor, seguindo-lhe os passos.
Somente assim estaremos com o Cristo, recebendo-lhe a excelsa luz.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva



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NO CULTO À PRECE

"E, tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos e todos
ficaram cheios do Espírito Santo." - Atos, 4:31.

Todos lançamos, em torno de nós, forças criativas ou destrutivas,
agradáveis ou desagradáveis ao círculo pessoal em que nos
movimentamos.
A árvore alcança-nos com a matéria sutil das próprias emanações.
A aranha respira no centro das próprias teias.
A abelha pode viajar intensivamente, mas não descansa a não ser
nos compartimentos da própria colméia.
Assim também o homem vive no seio das criações mentais a que dá origem.
Nossos pensamentos são paredes em que nos enclausuramos ou asas
com que progredimos na ascese.
Como pensas, viverás.
Nossa vida íntima - nosso lugar.
A fim de que não perturbemos as leis do Universo, a Natureza
somente nos concede as bênçãos da vida, de conformidade com as
nossas concepções.
Recolhe-te e enxergará o limite de tudo o que te cerca.
Expande-te e encontrarás o infinito de tudo o que existe.
Para que nos elevemos, com todos os elementos de nossa órbita, não
conhecemos outro recurso além da oração, que pede luz, amor e verdade.
A prece, traduzindo aspiração ardente de subida espiritual, através do
conhecimento e da virtude, é a força que ilumina o ideal
e santifica o trabalho.
Narram os Atos que, havendo os apóstolos orado, tremeu o lugar em
que se encontravam e ficaram cheios do Espírito Santo: iluminou-se-lhes o anseio de fraternidade, engrandeceram-se-lhes as mentes congregadas em propósitos superiores e a energia santificadora felicitou-lhes o espírito.
Não olvides, pois, que o culto à prece é marcha decisiva. A oração renovar-te-á para a obra do Senhor, dia a dia, sem que tu mesmo possas perceber.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva


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A ORAÇÃO DO JUSTO

"A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." - Tiago, 5:16.

Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e
todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.
O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando
recursos de locomoção mais fácil.
A loba, cariciando o filhote, no imo do ser permanece implorando
lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem.
O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos da alma pede
explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos de fé.
Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres
viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.
Por isso mesmo, se o desejo do homem bom é uma prece, o
propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa.
Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade específica.
Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído
para baixo.
Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o
aroma se espalhará na atmosfera.
Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.
Solta uma andorinha e ela buscará a altura.
Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente,
e a Providência Divina, através da Natureza, vive sempre respondendo.
Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos
para descerem dos Céus à Terra.
Mas de todas as orações que se elevam para o Alto, o apóstolo
destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.
É que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou
amizades e intercessões numerosas.
Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.
Aprende, assim, a agir com justiça e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva

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DIANTE DO SENHOR

"Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra."
- Jesus. (JOÃO, 8:43.)

A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.
Emprestar sem exigir retribuição.
Desculpar incessantemente.
Amar os próprios adversários.
Ajudar aos caluniadores e aos maus.
Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.
Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.
Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas.
A preocupação da posse lhes absorve a existência.
Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram, e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno.
Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.
Percebem, mas não ouvem.
Informam-se, mas não entendem.
Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.
Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.
São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.
Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva

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