Quando as nuvens de tempestade pairam a tua volta e problemas chegam como ventos a querer afundar tua embarcação no mar de desilusões e derrota...
Quando imagens vêm a tua cabeça e te confundem as idéias e te vê sozinho, em frente a obstáculos grandiosos e que parecem intransponíveis. Quando uma saudade corroer teu ser, parecendo maresia no ferro cru em pleno inverno litorâneo...
Quando sentires vontade de chorar e pessoas te atacarem por medo da sua própria incerteza, e pessoas te enganarem querendo se aproveitar da situação de fraqueza que passas...
Quando vontades de desistir vierem e disserem para largar tua embarcação em qualquer vento, controlado por forças estranhas, e se sentires preso a o corpo, com medo de dar um paço à frente... Pergunto-te, o que isso tudo importa afinal?
O inseguro continuará sendo inseguro, o orgulhoso continuará sendo orgulhoso, o que queres atacar continuará atacando, o que queres repreender continuará repreendendo, e tu? As pessoas apenas vão mudar quando se sentires como tu, em meio a névoa da incerteza num imenso mar na madrugada da alma, sem um farol externo a seguir...
Será que Deus está sendo injusto contigo? Será mesmo que estais onde os ventos da injustiça te trouxeram? Não, estais sim em meio a maior oportunidade que uma encarnação pode proporcionar, pois tens apenas uma bússola que poderá salva-te desse martírio: A do coração, da fé, do desapego e do estudo para que surjam respostas as dúvidas.
Quando o ser chega ao seu limite das barreiras, ele tem duas escolhas: Ou entregar tudo e fugir, procurando sobreviver em meio as intempéries de si mesmo, ou desapegar-se, aceitar, continuar confiando nas rotas que o amor mostra, tendo que desapegar-se do material e notando que nas pequenas coisas, a felicidade se fará presente de forma pura, comprovando a si mesmo a fé.
Desapegue-se, pois, afinal, o que importa? O que levaremos daqui? Do que vale tudo que tens a tua volta? Se perderes tudo, o que sobra? Apenas o que aprendeu e desenvolveu para as verdades do espírito, que é o que realmente somos. Saindo da enclausura dos apegos sexuais, materiais, sabendo aproveitar as pessoas e situações, o livro e o pedaço de pão, a oportunidade de crescimento e a vontade de mudar...
Mas é preciso ser imensamente pobre ou muito rico para isso? Não! É preciso ser apenas feliz, unindo materialidade e espiritualidade, sabedoria e ação, idéias e vontade de desenvolver, o que vemos e o que sentimos, trazendo coisas novas a nossa realidade em forma de atitudes e ações que beneficiem a todos, até que um dia aprendamos a ser o farol em meio aos mares bravios para mostrar caminhos as embarcações que se perderam nos ventos das paixões, ai nesse momento, nada importará de fato, pois seremos tudo em nós mesmos, sem perguntas e sem respostas, seguindo o vento por mares mais calmos, até o oceano de Deus, onde finalmente poderemos desembarcar em paz.
Seja Feliz, e acredite: Nada importa tanto ao ponto de te tornar infeliz.
Saimon L. Selau