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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Ɗangbé, a serpente da vida, fez a Viradouro campeã de 2024

 Tambores e atabaques revelaram a força Jeje


A Viradouro é a campeã de 2024 com o enredo: Arroboboi, Dangbé!’, que conta a saga das sacerdotisas guerreiras, que guardavam os segredos do culto a Gbèsèn, a serpente sagrada do antigo Dahomé, atual Benin, que tem poder sobre a vida na terra.

A história conta que uma descendente dessas mulheres guerreiras, contadas pela Viradouro, foi Ludovina Pessoa, que era do Vodun Gu, que é destemido e também o senhor dos metais.

Aqui no Brasil, os africanos vindos do Dahomé eram chamados de ajeji pelos africanos yorubás que já estavam aqui. Com o passar do tempo, o termo ajeji virou Jeje, que identifica o Candomblé da Nação Jeje.

Segundo o Ogan Buda de Bobosa presidente do Terreiro Zógbódó Màlé Seja Húnde, Ludovina Pessoa foi a responsável pela fundação do culto Jeje no Brasil. Ele disse estar feliz com a vitória da Viradouro, que contribui com o seu enredo para o fortalecimento da Nação Jeje.

Gbèsèn é chamado de Dangbé (a serpente da vida) cujo um dos símbolos é o arco-íris. Ele é o Vodun responsável pela força que faz o nosso planeta girar no espaço. Por isso, é também representado por uma cobra engolindo a própria cauda.

Em um dos trechos do samba enredo da Viradouro, a importância de Gbèsèn é exaltada, quando diz que os Vodunsis os respeitam, clamam kolofé (pedido de bênçãos), e os tambores revelam seu Afé (moradia).

E sabiamente a bateria da Escola em suas paradas, tocava adarrum nos atabaques.

Foi merecidíssima a vitória da Viradouro, pois ao contar a saga das guerreiras Minó, que revela a descendência de Ludovina Pessoa, colocou o Jeje em evidencia para o mundo.

Parabéns Viradouro! Parabéns Povo Jeje!

Kolofé a todos!

Texto: Pai Paulo de Oxalá