Deus, nosso Pai, CAMINHE pela minha casa e leve embora todas as minhas preocupações e doenças, e POR FAVOR, vigia e cura a minha família em nome de Jesus ... AMÉM

domingo, 29 de agosto de 2021

ADOLFO BEZERRA DE MENEZES - 29 DE AGOSTO - 190 ANOS


 Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto de 1831 na fazenda Santa Bárbara, no lugar chamado Riacho das Pedras, município cearense de Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama, estado do Ceará. 

Descendia Bezerra de Menezes de antiga família, das primeiras que vieram ao território cearense. Seu avô paterno, o coronel Antônio Bezerra de Souza e Menezes tomou parte da Confederação do Equador, e foi condenado à morte, pena comutada em degredo perpétuo para o interior do Maranhão, e que não foi cumprida porque o coronel faleceu a caminho do desterro, sendo seu corpo sepultado em Riacho do Sangue. Seus pais, Antônio Bezerra de Menezes, capitão das antigas milícias e tenente-coronel da Guarda Nacional, desencarnou em Maranguape, no dia 29 de setembro de 1851, de febre amarela; a mãe, Fabiana Cavalcanti de Alburquerque, nascida em 29 de setembro de 1791, desencarnou em Fortaleza, aos 91 anos de idade, perfeitamente lúcida, em 5 de agosto de 1882.

Desde estudante, o itinerário de Bezerra de Menezes foi muito significativo. Em 1838, no interior do Ceará, conheceu as primeiras letras, em escola da Vila do Frade, estando à altura do saber de seu mestre em 10 meses.

Já na Serra dos Martins, no Rio Grande do Norte, para onde se transferiu em 1842 com a família, por motivo de perseguições políticas, aprendeu latim em dois anos, a ponto de substituir o professor.

Em 1846, já em Fortaleza, sob as vistas do irmão mais velho, o Dr. Manoel Soares da Silva Bezerra, conceituado intelectual e líder católico, efetuou os estudos preparatórios, destacando-se entre os primeiros alunos do tradicional Liceu do Ceará.

Bezerra queria tornar-se médico, mas o pai, que enfrentava dificuldades financeiras, não podia custear-lhe os estudos. Em 1851, aos 19 anos, tomou ele a iniciativa de ir para o Rio de Janeiro, a então capital do Império, a fim de cursar medicina, levando consigo a importância de 400 mil réis, que os parentes lhe deram para ajudar na viagem.

No Rio de Janeiro, ingressou, em 1852, como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia.

Para poder estudar, dava aula de filosofia e matemática. Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Em março de 1857, solicitou sua admissão no Corpo de Saúde do Exército, sentando praça em 20 de fevereiro de 1858, como cirurgião tenente.

Ainda em 1857, candidatou-se ao quadro dos membros titulares da Academia Imperial de Medicina com a memória “Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento”, sendo empossado em sessão de 1º de junho. Nesse mesmo ano, passou a colaborar na “Revista da Sociedade Físico-Química”. 


Em 6 de novembro de 1858, casou-se com a Sra. Maria Cândida de Lacerda, que desencarnou no início de 1863, deixando-lhe um casal de filhos.

Em 1859 passou a atuar como redator dos “Anais Brasilienses de Medicina”, da Academia Imperial de Medicina, atividade que exerceu até 1861.

Em 21 de janeiro de 1865, casou-se, em segunda núpcias com Dona Cândida Augusta de Lacerda Machado, irmã materna de sua primeira esposa, com quem teve sete filhos.

Já em franca atividade médica, Bezerra de Menezes demonstrava o grande coração que iria semear, até o fim do século, sobretudo entre os menos favorecidos da fortuna, o carinho, a dedicação e o alto valor profissional. 

Foi justamente o respeito e o reconhecimento de numerosos amigos que o levaram à política, que ele, em mensagem ao deputado Freitas Nobre, seu conterrâneo e admirador, definiu como “a ciência de criar o bem de todos”. 

Elegeu-se vereador para Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1860, pelo Partido Liberal.


Quando tentaram impugnar sua candidatura, sob a alegação de ser médico militar, demitiu-se do Corpo de Saúde do Exército. Na Câmara Municipal, desenvolveu grande trabalho em favor do “Município Neutro” e na defesa dos humildes e necessitados.

Foi reeleito com simpatia geral para o período de 1864-1868. Não se candidatou ao exercício de 1869 a 1872.

Em 1867, foi eleito deputado-geral (correspondente hoje a deputado federal) pelo Rio de Janeiro. Dissolvida a Câmara dos Deputados em 1868, com a subida dos conservadores ao poder, Bezerra dirigiu suas atividades para outras realizações que beneficiassem a cidade.

Em 1873, após quatro anos afastados da política, retomou suas atividades, novamente como vereador.

Em 1878, com a volta dos liberais ao poder, foi novamente eleito à Câmara dos Deputados, representando o Rio de Janeiro, cargo que exerceu até 1885.

Neste período, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, que veio proporcionar-lhe pequena fortuna, mas que, por sua vez, foi também o sorvedouro dos seus bens, deixando-o completamente arruinado.

Em 1885, atingiu o fim de suas atividades políticas. Bezerra de Menezes atuou 30 anos na vida parlamentar. Outra missão o aguardava, esta mais nobre ainda, aquela de que o incumbira Ismael, não para o coroar de glórias, que perecem, mas para trazer sua mensagem à imortalidade.

O Espiritismo, qual novo maná celeste, já vinha atraindo multidões de crentes, a todos saciando na sua missão de consolador. Logo que apareceu a primeira tradução brasileira de “O Livro dos Espíritos”, em 1875, foi oferecido a Bezerra de Menezes um exemplar da obra pelo tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos, que se ocultou sob o pseudônimo de Fortúnio.

Foram palavras do próprio Bezerra de Menezes, ao proceder a leitura de monumental obra: “Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito, entretanto tudo aquilo era novo para mim [...]. Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no Livro dos Espíritos [...]. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou mesmo, como se diz vulgarmente, de nascença”.

Contribuíram também, para torná-lo um adepto consciente, as extraordinárias curas que ele conseguiu, em 1882, do famoso médium receitista João Gonçalves do Nascimento.

Mais que um adepto, Bezerra de Menezes foi um defensor e um divulgador da Doutrina Espírita. Em 1883, recrudescia, de súbito, um movimento contrário ao Espiritismo e, naquele mesmo ano, fora lançado por Augusto Elias da Silva o “Reformador”, órgão oficial da Federação Espírita Brasileira e o periódico mais antigo do Brasil, ainda em circulação. Elias da Silva consultava Bezerra de Menezes sobre as melhores diretrizes a seguir em defesa dos ideais espíritas. O venerável médico aconselhava-o a contrapor-se ao ódio, o amor, e a agir com discrição, paciência e harmonia. 

Bezerra não ficou, porém, no conselho teórico. Com as iniciais A. M., principiou a colaborar com o “Reformador”, emitindo comentários judiciosos sobre o Catolicismo.

Fundada a Federação Espírita Brasileira em 1884, Bezerra de Menezes não quis inscrever-se entre os fundadores, embora fosse amigo de todos os diretores e sobremaneira, admirado por eles.

Embora sua participação tivesse sido marcante até então, somente em 16 de agosto de 1886, aos 55 anos de idade, Bezerra de Menezes, perante grande público, em torno de 1.500 a 2.000 pessoas, no salão de Conferência da Guarda Velha, em longa alocução, justificou a sua opção definitiva de abraçar os princípios da consoladora doutrina.

Daí por diante Bezerra de Menezes foi o catalisador de todo o movimento espírita na Pátria do Cruzeiro, exatamente como preconizara Ismael. Com sua cultura privilegiada, aliada ao descortino de homem público e ao inexcedível amor ao próximo, conduziu o barco de nossa doutrina por sobre as águas atribuladas pelo iluminismo fátuo, pelo cientificismo presunçoso, que pretendia deslustrar o grande significado da Codificação Kardequiana.

Presidente da FEB em 1889, ao espinhoso cargo foi reconduzido em 1895, quando mais se agigantava a maré da discórdia e das radicalizações no meio espírita, nele permanecendo até 1900, quando desencarnou. 

O Dr. Bezerra de Menezes foi membro da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, da Sociedade Físico-química, sócio e benfeitor da Sociedade Propagadora das Belas-Artes, membro do Conselho do Liceu de Artes e presidente da Sociedade Beneficente Cearense.

Escreveu em jornais como “O Paiz”, redigiu “Sentinela da Liberdade”, os “Anais Brasilienses de Medicina”, colaborou na “Reforma”, na “Revista da Sociedade Físico-química” e no “Reformador”. Utilizava os pseudônimos de Max e Frei Gil.

O dicionarista J. J. F. Velho Sobrinho alinha extensa bibliografia de Bezerra de Menezes, relacionando para mais de quarenta obras escritas e publicadas.

São teses, romances, biografias, artigos, estudos, relatórios, etc.

Bezerra de Menezes desencarnou em 11 de abril de 1900, às 11h30min., tendo ao lado a dedicada companheira de tantos anos, Cândida Augusta.

Morreu pobre, embora seu consultório estivesse cheio de uma clientela que nenhum médico queria; eram pessoas pobres, sem dinheiro para pagar consultas. Foi preciso constituir-se uma comissão para angariar donativos visando a possibilitar a manutenção da família. A comissão fora presidida por Quintino Bocayuva.

Por ocasião de sua morte, assim se pronunciou Leon Denis, um dos maiores discípulos de Kardec:  “Quando tais homens deixam de existir, enluta-se não somente o Brasil, mas os espíritas de todo o mundo”.


Fonte: Texto incluído nas obras que integram a Coleção Bezerra de Menezes, publicada pela FEB. Informativo Bezerra edição nº 51, segundo quadrimestre de 2021 - PR PRODUÇÕES



quarta-feira, 25 de agosto de 2021

CUIDADO COM A FÉ CEGA - Dalmy Gama

 


É in­te­res­san­te ob­ser­var que o Dia Mun­di­al da Re­li­gi­ão, que se co­me­mo­ra em 21 de ja­nei­ro, foi cri­a­do com o ob­je­ti­vo de se pen­sar a har­mo­nia en­tre as re­li­gi­ões mun­di­ais, com­ba­ter a dis­cri­mi­na­ção e a in­to­le­rân­cia re­li­gi­o­sa – aque­la que é ge­rada pe­la fé ce­ga.

Is­so me faz lem­brar de um ca­so que acon­te­ceu lá pras ban­das de Mi­nas, jus­to so­bre a tal da fé ce­ga e da en­ga­na­ção. É a his­tó­ria do Fran­cis­co Pos­si­dô­nio, que na in­fân­cia cha­má­va­mos de Chi­co Pre­to. Ga­ro­to ale­gre, bom de bo­la e brin­ca­lhão de mar­ca mai­or, já cres­ci­do re­sol­veu fun­dar, num rin­cão da pe­ri­fe­ria da ci­da­de, uma igre­ja no­va. Ten­tou de to­da for­ma ar­ran­jar um só­cio.

– Eu ga­ran­to que a coi­sa dá di­nhei­ro fá­cil, mas mui­to di­nhei­ro mes­mo!

Chi­co Pre­to foi em fren­te. In­ven­tou a fi­gu­ra de uma tal San­ta Co­ro­sa, que ele di­zia ser a ver­da­dei­ra in­ter­ces­so­ra en­tre os ho­mens e Je­sus. Sem ela, ne­nhu­ma pre­ce che­ga­va até o Se­nhor. Ten­do apa­re­ci­do pa­ra ele nu­ma noi­te, ela deu-lhe ins­tru­ções de­ta­lha­das pa­ra cri­ar a Igre­ja do Mi­la­gre Su­pre­mo.

Bem de­pres­sa a igre­ja já con­ta­va com mui­tos cren­tes. Chi­co Pre­to co­me­çou a ga­nhar di­nhei­ro. A San­ta Co­ro­sa es­ta­va fa­zen­do mui­tos mi­la­gres e sua fa­ma co­me­çou a es­pa­lhar-se. Ca­ra­va­nas de to­da par­te es­ta­vam che­gan­do.

Ten­do fei­to tu­do so­zi­nho, Chi­co cha­ma­va os ami­gos de bo­bos e di­zia que ago­ra não lhe in­te­res­sa­va mais só­cio. Sua mãe en­trou pa­ra a igre­ja, mas os fa­mi­lia­res mais lú­ci­dos vi­am que o pró­prio Chi­co Pre­to não acre­di­ta­va na­qui­lo. Era tu­do um te­a­tro. O no­me da San­ta Co­ro­sa ti­nha nas­ci­do de uma brin­ca­dei­ra que Chi­co re­sol­ve­ra fa­zer com o no­me de um pri­mo, ape­li­da­do de Co­ró, que se mu­da­ra pa­ra os Es­ta­dos Uni­dos. Pro­me­teu, nu­ma car­ta, que ia trans­for­má-lo em san­ta de sua igre­ja, a San­ta Co­ro­sa. E foi o que fez.

Chi­co Pre­to se di­zia tam­bém vi­den­te. In­ven­ta­va no­mes e his­tó­ri­as que con­ta­va pe­lo rá­dio, lan­çan­do-se con­tra exus, ca­bo­clos, es­pí­ri­tos do mal, de­mô­ni­os e tan­tas ou­tras for­ças das tre­vas. Sua voz gri­ta­da, cheia de fin­gi­da emo­ção, ti­nha mui­to efei­to so­bre a al­ma sim­pló­ria do po­vão. Atra­vés de su­as vi­dên­cias, ele des­co­bria a cau­sa da in­fe­li­ci­da­de de to­da gen­te. Era sem­pre obra ma­lig­na de ma­cum­ba: um des­pa­cho, uma coi­sa fei­ta, uma amar­ra­ção, um fei­ti­ço ou bru­xa­ria, fei­tos em al­gu­ma en­cru­zi­lha­da, em flo­res­ta ou ce­mi­té­rio, com frag­men­tos de ga­tos, co­ru­jas, mor­ce­gos…

En­tre os ami­gos ín­ti­mos, Chi­co Pre­to ria mui­to dis­so tu­do. Nun­ca dei­xou de ser o brin­ca­lhão de to­das as ho­ras. Di­zia que o mun­do sem­pre foi e sem­pre se­rá dos mais vi­vos, que o po­vo é ca­ren­te de ilu­são e só é fe­liz acre­di­tan­do e pas­tan­do. E gos­ta­va de re­pe­tir: “Já di­zia Je­sus na Ga­li­léia que ho­mem que é vi­vo não bo­béia!”

Mas a his­tó­ria te­ve fim trá­gi­co. Acos­tu­ma­do a se­du­zir be­las ove­lhas da ala fe­mi­ni­na de seu re­ba­nho, Chi­co Pre­to foi mor­to a ti­ros, na sa­í­da de um mo­tel. En­vol­veu-se com a es­po­sa de um su­jei­to ciu­men­to, que não per­ten­cia à igre­ja. O ho­mem não acei­tou aque­la his­tó­ria, aque­la mis­tu­ra de se­xo com exor­cis­mo, por ins­tru­ção da San­ta Co­ro­sa… E, na ho­ra agá, a san­ta não te­ve po­der de fo­go con­tra o ódio e as ba­las do ma­ri­do tra­í­do.

De vez em quan­do fi­ca­mos sa­ben­do de ca­sos co­mo es­te. Em­bo­ra ne­nhum de nós gos­te de ser en­ga­na­do, o nú­me­ro dos en­ga­na­do­res au­men­ta a ca­da dia. A cre­du­li­da­de do po­vo pa­re­ce não ter fim. Em to­das as par­tes do mun­do, os vi­val­di­nos sa­bem dis­so. Por quê? Por­que, des­de pe­que­nos, os se­res hu­ma­nos apren­dem que de­vem ter mui­ta fé, que de­vem crer sem du­vi­dar, acei­tar sem per­gun­tar. Apren­dem que Deus só gos­ta de quem tem fé.

Mas nós per­gun­ta­mos: Que ti­po de fé? Fé em quem? Deus gos­ta que te­nha­mos fé em qual­quer um? E se o pre­ga­dor que vi­ve fa­lan­do de Deus nos nos­sos ou­vi­dos for ape­nas mais um en­ga­na­dor? Quem nos ga­ran­te? Co­mo po­de­mos ter cer­te­za?

A fé só é im­por­tan­te quan­do é con­sci­en­te, quan­do não fo­ge da ló­gi­ca e da ra­zão. A San­ta Co­ro­sa que nos des­cul­pe, mas a fé ce­ga nun­ca foi in­te­li­gen­te. A fé ce­ga não agra­da a Deus. Se agra­das­se, Ele não te­ria da­do uma ma­ra­vi­lho­sa in­te­li­gên­cia a ca­da ho­mem, a ca­da mu­lher… A ca­da um de nós.

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 Dalmy Ga­ma (Es­cri­tor, pro­fes­sor, do­cen­te de Lo­go­so­fia)




terça-feira, 24 de agosto de 2021

OS EFEITOS DA AUTÓPSIA NOS ESPÍRITOS


 O Mentor permaneceu na Enfermaria, pelo período em que tinha curso a necropsia para a identificação da causa mortis e outros comportamentos legais. Observamos que os Espíritos, mesmos distanciados dos corpos que se faziam examinados, retratavam as ocorrências que os afetavam, provocando sensações cruciantes. O motorista, por ser incurso em maior responsabilidade, manteve-se em sono agitado por todo o tempo. Devido às fortes vinculações com a matéria, experimentava as dores que lhe advinham da autópsia de que o corpo era objeto. Embora contido por enfermeiros diligentes sofreu cortes e serração, profundos golpes nos tecidos e costuras…

‘Recordemos que se encontrava sob amparo, não ficando, todavia, isento à responsabilidade pelos erros que a juventude extravagante lhe facultara.

‘Em autópsia, muitos Espíritos que se deixaram dominar pelos apetites grosseiros e se ficam apenas no corpo, quando não fazem jus a assistência especializada, enlouquecem de dor, demorando-se sob os efeitos lentos do processo a que foram submetidos os seus despojos.

‘Desse modo, cada um dos jovens, apesar de todos haverem desencarnado juntos, no mesmo momento, experimentava sensações de acordo com os títulos que conduziam, de beneficência e amor, de extravagância e truculência.

‘Correspondendo à hora do reconhecimento e translado dos corpos pelos familiares para as providências da inumação cadavérica, acompanhamos o despertar de quase todos, sob os duros apelos dos pais e irmãos, partindo, semi-hebetados, para os atender…

‘As nossas providências de socorro não geram clima de privilégio, nem protecionismo injustificável. Cada um respira a psicosfera que gera no campo mental. Todos somos as aspirações que cultivamos, os labores que produzimos.

A cruz, porém, é intransferível, de cada qual. Podemos ajudar a diminuir-lhe o peso, não a transferi-la de ombros.

‘A agitação era geral. Podíamos observar que rápidas flechadas de forte teor vibratório os alcançavam, fazendo-os estremecer, estorcegar.

‘O motorista subitamente apresentou uma facies de loucura, ergue-se, trêmulo, respondendo algo com palavras desconexas e como que envolto pelo fio de densa energia que o alcançava, pareceu sugado, desaparecendo…

‘- Foi atender – elucidou Dr. Bezerra – aos que o chamam sob chuvas de blasfêmias e acusações impróprias.

‘A família soube, pela Polícia, que ele havia ingerido alta dose de drogas, o que parecia responder pelo acidente, provocando, a informação, mágoa e revolta nos pais.

‘Em continuação, mais dois se evadiram do local de amparo obedecendo ao impositivo evangélico: “Onde estiver o tesouro, aí estará o coração”.

‘Fábio e outro amigo, porque não se encontrassem muito comprometidos com os vícios e viessem de uma estrutura familiar mais digna, foram poupados à presença do cadáver e às cenas fortes que se desenrolaram antes e durante a inumação dos corpos.

‘Não se furtariam, é certo, ao mecanismo de recuperação, apesar da ajuda da antiga mãezinha, que o reembalava nos braços, na condição de avó.

‘Desperta-se, cada dia, com os recursos morais com que se repousa, à noite.

‘Além do corpo, cada Espírito acorda conforme o amanhecer que preparou para si mesmo.

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Fonte: Nas Fronteiras da Loucura: Manoel P Miranda/Divaldo P. Franco.



sábado, 21 de agosto de 2021

O QUE SE GANHA ORANDO (OU CONVERSANDO) A DEUS


 "Certa vez perguntaram a uma mulher :

_ O que você "ganha" orando a Deus regularmente? 

Ela  respondeu:

_ Geralmente "não ganho nada", mas sim, "perco coisas." 

E citou tudo o que perdeu orando a Deus regularmente:

_ Perdi o orgulho.

_ Perdi a arrogância.

_ Perdi a ganância.

_ Perdi a inveja.

_ Perdi a "minha" raiva.

_ Perdi a luxúria.

_ Perdi o prazer de mentir. 

_ Perdi o gosto pelo pecado. 

_ Perdi a impaciência, o desespero e o desânimo. 

Às vezes oramos, não para ganharmos algo, mas sim, para perder coisas que não nos permitem crescer espiritualmente. 

A oração educa, fortalece e cura.

A oração é o canal que nos conecta diretamente com Deus!."


Modelo: Paty Maria
Produção: Pery Salgado
Fotos: Pricilla Darmont
Realização: PR PRODUÇÕES




quinta-feira, 19 de agosto de 2021

CULTURARTEEN 236 - agosto de 2021

 CULTURARTEEN 236 - agosto de 2021


- REBECA ANDRADE: É prata, é ouro, É NEGRA" Conheça a história de Rebeca, da periferia de São Paulo ao pódio nas Olimpíadas.
- Maricá forma primeira turma de graduação com estudos custeados pelo município através do Passaporte Universitário.
- Adriana Monteiro é a Musa Afro-Brasileira 2021.
- POP IT FIDGET TOY, o brinquedo revolucionário para crianças e pessoas autistas. Entenda o que é, para que serve e como funciona.
- Veja as coisas que absorvem sua energia, e se afaste delas!
- SUPERAÇÃO: Cecília Fuli fala sobre sua luta contra o câncer.
- Você está pronto para encarar a sua Jornada do Crescimento pessoal, profissional e espiritual?
- Cris Shimit conquista dois títulos de beleza: Musa Sênior de Niterói e Musa Sênior da Baixada Fluminense.
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DO COVID 19 E ENQUANTO DURAREM AS DETERMINAÇÕES DA PREFEITURA DE MARICÁ NA PREVENÇÃO DA PANDEMIA.
Informativo Culturarteen, edição de agosto de 2021, já circulando na versão on line e na revista eletrônica.












domingo, 15 de agosto de 2021

"Previsão da espiritualidade para 2022 – Coronavírus e dois cenários" com Halu Magashi

 Halu Magashi aparece em um vídeo falando sobre os dois possíveis cenários para 2022 em relação ao novo coronavírus.


A espiritualista Halu Magashi fez uma viagem espiritual e foi passado para ela informações sobre o novo coronavírus. Ela fala sobre dois possíveis cenários para 2022.

As informações sobre os possíveis cenários foram repassados para ela através dos seus mentores espirituais. Ela disse que coronavírus é a materialização de tudo que o mundo está vivendo nas últimas duas décadas.

Relações superficiais e a materialização do coronavírus

Fala sobre as relações superficiais. Muitas pessoas estavam se distanciando umas das outras. Ela disse sobre o fato de você pensar que uma determinada pessoa é sua amiga, mas quando você precisa ela some, não manda nem um alô.

Ela fala sobre o medo que as pessoas adquiriram de dar carona e até mesmo de pedir carona para alguma pessoa. Halu relembra que essas atitudes eram tão normais. Continua o vídeo afirmando que o mundo mudou, e que nós começamos a sentir essa mudança depois que o coronavírus veio, se materializou e fez com que todos sentissem como realmente estavam vivendo.

Nós vivemos em um planeta vivo, até o tijolo que está em nossa casa, está vivo. Isso está acontecendo para a gente saber que estamos vivendo em um planeta que é vivo.

Ataque do organismo vivo

Nas últimas três décadas está acontecendo um ataque desse organismo que é vivo também. Igual quando o nosso corpo está doente, tomamos antibióticos, e o que está nos fazendo mal é eliminado. Assim também é o planeta com aqueles que moram nele.

Magashi também fala sobre o consumo descontrolado das pessoas e como isso é prejudicial para nós. A espiritualista disse que estamos ‘voltando’ para o planeta. Porém, se fizemos as mesmas coisas de antes, o resultado não vai ser legal. Ainda contou que o coronavírus é como se fosse uma carta, sendo assim, o mundo recebeu uma ‘carta’.

O cenário para 2022

Halu afirma que o cenário para 2022 não será um cenário bom. Porém, se limita a dizer apenas isso. Ela disse que quem falará como será o cenário de 2022 serão os oceanos, os vulcões. Magashi ainda afirma que quando os elementos falam, eles não precisam que ninguém fale por eles.

Confira o vídeo:





sexta-feira, 13 de agosto de 2021

"Vergonha eu teria de chegar ao céu e ter que explicar a Deus que vivi no luxo e deixei os necessitados sem ajuda" - Silvio Santos


 Não tenho vergonha de usar gravata de 1,99 comprada junto com meu relógio de dois reais na 25 de Março. Uso esse mesmo terno há 10 anos e meu sapato custou apenas 60,00. 

Vergonha eu teria de gastar fortunas para viver no luxo e deixar de ajudar a quem precisa. Não tenho motorista, dirijo meu próprio carro, um Honda Accord 2009 avaliado em 40 mil reais. 

Vergonha eu teria de chegar ao céu e ter que explicar a Deus que vivi no luxo e deixei os necessitados sem ajuda, vergonha eu tenho quando vejo gente pobre se endividando para fingir ser o que não é. 

Vergonha eu tenho quando me criticam mandando eu vender tudo o que tenho e dar aos pobres, se eu fizesse isso, daria menos de 1 real pra cada um dos brasileiros, ficaria todo mundo pobre e meus mais de 10 mil funcionários desempregados. 

Jesus me ensinou a ser assim e assim vou continuar sendo, Deus abençoe a todos! 

Senor Abravanel - Silvio Santos



BASTA SOLTAR O BURRO


 Um burro estava amarrado em uma árvore, um demônio veio e o soltou.

O burro entrou na horta de camponeses vizinhos e começou a comer tudo.

A mulher do dono da horta, quando viu aquilo, pegou o rifle e o matou. 

Seu dono ficou enraivecido, pegou seu rifle e atirou contra a mulher.

Ao voltar para casa, o camponês encontrou a mulher morta e matou o dono do burro.

Os filhos do dono do burro, ao ver o pai morto, queimaram a fazenda do camponês.

O camponês, em represália, os matou.

Aí perguntaram ao demônio o que ele havia feito e ele respondeu “não fiz nada, só soltei o burro”.

O diabo faz coisas simples, pq sabe que o resto é a nossa maldade que faz. 

Por isso vamos pensar antes de fazer algo de vingativo, porque para o demônio basta só "soltar o burro".



domingo, 8 de agosto de 2021

Todo filho é pai na morte de seu pai - homenagem da PR Produções



" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "

Fabricio Carpinejar 

Uma homenagem da PR Produções aos filhos que não abandonam seus pais "enclausurando-os" em um asilo.



quinta-feira, 5 de agosto de 2021

SONHAR COM UMA PESSOA QUE JÁ MORREU. QUAL A EXPLICAÇÃO?


 Você já sonhou com uma pessoa que já faleceu?

É porque eles vêm para ver você. Fisicamente, eles não estão mais ao seu lado, mas em espírito estão. Ás vezes aparecem em seus sonhos, talvez com um abraço, um sorriso ou uma saudação; Eles vêm para lhe dizer que não se esquecem de você, que continuam a cuidar de você, mas o mais importante, que continuam a amá-lo.

Então não acorde triste porque eles se foram, seja grato por eles terem vindo visitar você e expressar seu amor por você.