“Antes de
sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso
abençoar a vida para que a vida nos abençoe”. André Luiz (espírito),
psicografia de Francisco Cândido Xavier
“Se alguém te fere, desculpa e esquece. Nunca te vingues, porque ao
ofensor basta viver para que se corrija e se reconheça”. Emmanuel
(espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier
BRANDOS E PACÍFICOS
A azáfama do dia cedera lugar a terna e suave tranqüilidade. As
atividades fatigantes alongaram-se até as primeiras horas da noite, que
se recamara de astros alvinitentes. Os últimos corações atendidos, à
margem do lago, após a formosa pregação do entardecer, demandaram os
seus sítios facultando que eles, a seu turno, volvessem à casa de Simão.
Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do
apóstolo afeiçoado e, porque o percebesse tristonho, interrogou com
amabilidade:
- Que aflição tisna a serenidade da tua face, Simão, encobrindo-a com o véu de singular tristeza?
Havia na indagação carinhoso interesse e bondade indisfarçável.
Convidado diretamente à conversação renovadora, o velho pescador
contestou com expressiva entonação de voz, na qual se destacava a
modulação da amargura:
- Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por ti...
Não conseguiu concluir a frase. As lágrimas represadas irromperam
afogando o trabalhador devotado em penosa agonia. E como o silêncio se
fizesse espontâneo, ante o oscular da noite que os acalentava em
festival de esperança, o companheiro, sentindo-se compreendido e,
passado o volume inicial da emotividade descontrolada, prosseguiu:
- Não ignoro a própria inferioridade e sei que teu amor me convocou à
boa nova a fim de que me renovasse para a luz e pudesse crescer na
direção do amor de nosso Pai. Todavia, deparo-me a cada instante com
dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.
Ante o olhar dúlcido e interrogativo do Amigo discreto adiu:
- É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como
suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e que
humilha, quando promete ajudar?
- Guardando a paz do coração - redargüiu o divino Benfeitor.
- Todavia - revidou o discípulo sensibilizado -, como conservar a paz,
estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de
outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do
que a nossa?
- Mantendo a brandura no julgamento - respondeu o Senhor.
- Concordo que a mansuetude é medicamento eficaz - redargüiu Pedro -,
não obstante, não seria de esperarmos que os companheiros afeiçoados à
luz nova também a exercitassem por sua vez? Quando a dúvida sobre nossas
atitudes parte de estranhos, quando a suspeição vem de fora da grei,
quando a agressividade nos chega dos inimigos da fé, podemos manter a
brandura e a paz íntimas. Entrementes, sofrer as dificuldades
apresentadas por aqueles que nos dizem amar, tomando parte no banquete
do Evangelho, convém consideremos ser muito mais difícil e grave o
cometimento...
Percebendo a angústia que se apossara do servo querido, o Mestre, paciente e judicioso, explicou:
- Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de
oferecê-las. Porque alguém seja enfermo pertinaz e recalcitrante no
erro, impedindo que a luz renovadora do bem o penetre e sare, não nos
podemos permitir o seu contágio danoso, nem nos é lícito cercear-lhe a
oportunidade de buscar a saúde. Certamente, dói-nos mais a impiedade de
julgamento que parte do amigo e fere mais a descortesia de quem nos é
conhecido. Ignoramos, porém, o seu grau de padecimento interior e a sua
situação tormentosa. Nem todos os que nos abraçam fazem-no por amor, bem
o sabemos... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo;
os que mantendo vida e atitudes dúbias descrêem da retidão alheia; os
que tropeçando e tombando descuram de melhorar a estrada para os que vêm
atrás... Necessário compreendê-los todos e amá-los, sem exigir que
sejam melhores ou piores, convivendo sob o bombardeio do azedume deles
sem nos tornar-nos displicentes para com os nossos deveres ou amargos em
relação aos outros...
- Ante a impossibilidade de suportá-los -sindicou o pescador com
sinceridade -, sem correr o perigo de os detestar, não seria melhor que
os evitássemos, distanciando-nos deles?
- Não, Simão - esclareceu Jesus. - Deixar o enfermo entregue a si mesmo
será condená-lo à morte; abandonar o revel significa torná-lo pior...
Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a
fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de
bênção.
“Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos...
“A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo é indispensável o
sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre
as paixões.
“Amar aos bons é dever de retribuição, mas servir e amar aos que nos
menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós
próprios.”
Como o céu continuasse em cintilações incomparáveis e o canto do mar
embalasse a noite em triunfo, o Mestre silenciou como a aspirar as
blandícias da Natureza.
O discípulo, desanuviado e confiante, com os olhos em fulgurações,
pensando nos júbilos futuros do Evangelho, repetiu quase num monólogo,
recordando o Sermão da Montanha:
“Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.
“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.”
E deixou-se penetrar pela tranqüilidade, em clima de elevadas reflexões.
Amélia Rodrigues (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
CULTURARTEEN 176 - agosto 2017
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